segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Mudanças dependem, apenas, das pessoas

Para consultor, existem indicadores capazes de medir e auxiliar a gestão das transformações corporativas

Mudar nunca é fácil. As razões, segundo alguns, têm origem na biologia cerebral que acompanha os processos de mudança. Porém, no mundo corporativo, as transformações devem acontecer de tempos em tempos. E dependem totalmente das pessoas. “As pessoas não resistem às mudanças. Resistem a serem mudadas”, afirma Nelson Bittecourt, especialista em desenvolvimento de Talentos Humanos e diretor da Mercado, empresa focada na área de Relações Humanas e Desenvolvimento, um dos palestrantes do Fórum Nacional de Planejamento Estratégico, realizado nesta quinta-feira (06/11), em São Paulo.

Na visão de Bittecourt, a gestão das mudanças nas corporações tem de focar a resiliência das pessoas, ou seja, sua capacidade de se adaptar às diversidades e, até mesmo, enxergar além do problema e tirar proveito do momento complicado. “É preciso lembrar, entretanto, que a capacidade da empresa de absorver as mudanças é balizada pelo indivíduo menos resiliente”, alerta.

Trabalhar essa “flexibilidade comportamental” dos profissionais está nas mãos dos gestores, que devem colocar emoção no processo e promover o sentimento de “orgulho de pertencer”. Segundo o especialista, só assim as companhias conseguem vencer o potencial presenteísmo*, característico dos momentos de mudança. “Colaborador não engajado não tem ânimo”, garante.

O consultor esclarece, entretanto, que a gestão de mudanças não é uma disciplina totalmente subjetiva e ensina que existem indicadores capazes de medir o sucesso da empreitada. Segundo ele, o PCAI (pré-contemplação, contemplação, ação e implementação) indica o estágio em que a mudança se encontra em cada pessoa, ou seja, se ela ainda não se deu conta de algo está mudando ou se já está agindo de uma nova forma naturalmente. Já o IGP (Interesse Genuíno nas Pessoas) é o ingrediente fundamental aos gestores da mudança – e uma característica dos profissionais que podem ajudar na disseminação da transformação, lutando contra o poder dos “fatalistas”.

Fonte:
Thais Aline Cerioni
www.cio.com.br

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